Tuesday, March 27, 2007

Revista de Imprensa (27 de Março de 2007)

É uma notícia do Diário Digital

Sines: Ambiente chumba localização da Central Ciclo Combinado

O Ministério do Ambiente chumbou a localização da central de ciclo combinado da Galp Power na zona portuária de Sines, uma decisão que mereceu o acordo da Câmara Municipal de Sines.
Na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) à execução do projecto da Central de Ciclo Combinado da Galp Power, datada de 19 de Março, a que a Lusa teve acesso, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, dá parecer desfavorável à localização do projecto.
A Câmara Municipal de Sines (CMS), em comunicado enviado à Lusa, afirma que a DIA «vem ao encontro da posição adoptada» pela autarquia, que se tem oposto à localização pretendida pela Galp Power.
Esta empresa pretendia instalar uma unidade de indústria pesada para a produção de energia eléctrica na área portuária de Sines.
A câmara rejeitou a proposta, alegando que aquela zona fica junto à malha urbana, é uma área de crescimento natural da cidade que fica fora das zonas designadas para o efeito pelo Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM).
O presidente da autarquia, Manuel Coelho (CDU), rejeita «por completo» aquela localização, alegando tratar-se de um «atropelo grosseiro» ao planeamento e ordenamento do território municipal aprovado em Conselho de Ministros, e põe «em risco o bem estar da cidade e da sua população».
Na DIA, o Ministério do Ambiente considera que a única localização considerada pelo projecto insere-se numa área classificada como «Área Portuária», sendo que a Central de Ciclo Combinado é uma unidade industrial destinada à produção de energia eléctrica sem relação funcional com a actividade portuária.
O governo considerou ainda que a localização do projecto contraria o PDM de Sines, que determina que as indústrias pesadas e de grandes dimensões não devem instalar-se junto a zonas habitacionais, como seria o caso.
«O único fundamento da localização do projecto na referida área portuária é a possibilidade de acesso à fonte de água fria rejeitada pelo terminal de GNL, sendo questionável esta possibilidade, pelo menos para a totalidade da água de arrefecimento do circuito hidráulico de um dos grupos da central», lê-se na DIA.
Além do município de Sines, também a associação ambientalista Quercus tinha contestado o facto de o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) - que antecede a DIA - apenas ter analisado uma localização para a Central de Ciclo Combinado, ameaçando apresentar uma denúncia na Comissão Europeia.
27 de Março de 2007
Diário Digital / Lusa

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